Das lágrimas às ferrugens das grades, do abraço de um familiar à angústia de uma lactante, da esperança às reticências no olhar do custodiado, nessa obra, que empresta à técnica jurídica a humanidade de uma advogada, mãe e avó, faz com que a autora, Dra Flávia Fróes, transite nos microcosmos de cada família, cada petição, cada sustentação oral, com a humanidade que ladrilhou sua trajetória forense.
Histórias impregnadas de si mesma no outro, que a atravessa e transforma, moldando-a mais gente, mais mulher, mais cidadã do mundo.
Janela para os Elefantes é, antes de tudo, um espelho, onde, em crônicas envolventes, (que expressa mas não exaure seus trinta anos como Escultora de Liberdades), se contempla a dor e esperança, a finitude e a fé, e o lugar mais difícil de se estar: o lugar do outro.